Viagem no tempo. Você conhece a história de Itajaí?

28.07.2022 - Itajaí
Viagem no tempo. Você conhece a história de Itajaí?

A história de Itajaí, um dos mais importantes municípios de Santa Catarina, se inicia a partir de uma formação étnica diversificada. À cultura indígena, somaram-se as contribuições de imigrantes de diversas etnias. O próprio nome da cidade, que já experimentou diversas variações, é herança dos tupi-guaranis: os índios chamaram de “Táahy”, “Tajay”, “Tajahug”, “Jatahy” e “Itajaí”, o rio das pedras.


A ocupação das terras de Itajaí pelo homem branco tem em seu ponto de partida o Tratado de Tordesilhas, estabelecido entre Portugal e Espanha em 1494. No acordo, ficou compreendido que nos limites do referido Tratado, as terras do litoral catarinense até Laguna, no Sul do estado, pertenceriam a Portugal.


Assim, uma ocupação portuguesa nestes locais foi iniciada com o objetivo de defender essas terras de invasões estrangeiras e, a partir do século 17, a perspectiva de exploração de minas de ouro e pedras preciosas trouxe mais interessados em ocupar as margens do rio Itajaí-Açu.


Por aqui, um dos primeiros colonizadores foi João Dias de Arzão, um paulista que há tempo procurava minas de ouro e outros metais preciosos pelo interior do Brasil. Por isso, ele requereu e obteve uma sesmaria, às margens do rio Itajaí-Açu, para construiu uma moradia. Arzão era companheiro do fundador de São Francisco do Sul, Manuel Lourenço de Andrade, que em 1658 trouxe também toda a família para trabalhar na extração de ouro no local.


João Dias, porém, não tinha a intenção de fundar uma póvoa, nem empreendeu meios para tal. Sem sucesso na extração do metal precioso, passou a viver às margens da foz do rio Itajaí-Mirim. Naquele momento, grupos indígenas, entre os quais os Botocudos, os Tapuias e Carijós, ocuparam as terras que posteriormente seriam tomadas pelos colonizadores.


Quase cem anos mais tarde, em 1750, a chegada dos primeiros imigrantes da Ilha da Madeira e Arquipélago dos Açores daria novo impulso à colonização portuguesa. Em 1777, a invasão de uma esquadra espanhola na Ilha do Desterro, atual Florianópolis, provocaria o êxodo de comunidades luso-açorianas para o norte da então Capitania de Santa Catarina.


200 anos de colonização


No século 18, a grande atividade econômica desenvolvida nas terras de Itajaí era a extração de madeira, o que ocasionou o ajuntamento de moradores açorianos, que foram se fixando por toda a região. Em 1820, a abundância deste recurso natural motivou a chegada de Antônio Menezes Vasconcelos de Drummond, de apenas 25 anos de idade. Esse momento é um marco na história da colonização de Itajaí, que hoje completa 200 anos, pois foi quando se iniciou a distribuição de terras, construção de ruas e praças.


No século 19, o comércio ganhou destaque entre os moradores, pois o povoamento local mantinha contato com outras vilas do litoral catarinense. Em uma dessas atividades de mercado, Agostinho Alves Ramos, um comerciante português, chegou pela primeira vez à foz do rio Itajaí-Açu, em 1823, onde se estabeleceu com sua mulher, Ana Maria Rita. Sócio de uma casa comercial em Desterro, ele requereu ao bispo do Rio de Janeiro a criação de um curato. O pedido resultou na criação do Curato do Santíssimo Sacramento de Itajahy e a construção da Igreja da Imaculada Conceição (Igrejinha Velha) por Simeão, escravo de Agostinho.


Em 1833, nasceu o Distrito de Itajaí que, mais tarde – em 15 de junho de 1860 –, alcançaria a condição de município. Ainda nesse ano, já se encontravam fixados os primeiros colonos de origem germânica, os quais também influenciaram fortemente o desenvolvimento regional. Mais recentemente, imigrantes japoneses integram a rica miscigenação cultural deste importante município catarinense.


Da colonização à emancipação política


Em 1858, um grupo de destacados moradores encabeçou o movimento para a criação do município de Itajaí. Agostinho Alves Ramos não mais vivia, morrera em 1853 e fora sepultado no comércio da pequena povoação. Segundo historiadores, a emancipação política foi uma luta gloriosa, pois houve cerrada oposição da Câmara Municipal de Porto Belo, a quem a Freguesia de Itajaí estava subordinada.


A Assembleia Provincial de Santa Catarina, pela Resolução n° 464, de 4 de abril de 1859, criou o município de Itajaí, que só foi instalado em 15 de junho de 1860, com a posse dos primeiros vereadores: Joaquim Pereira Liberato (presidente), José Henrique Flores, Claudino José Francisco Pacheco, José da Silva Mafra, Francisco Antônio de Souza, Jacinto Zuzarte de Freitas e Manoel José Pereira Máximo.


Construção do porto


Relatos históricos também mencionam a importância do porto para a cidade, desde o século 19, não somente em relação ao trânsito de colonizadores estrangeiros, mas também ao forte comércio fluvial que acontecia em Itajaí. Com a construção dos molhes, as obras de ampliação dos cais foram iniciadas em 1938, com o primeiro trecho desses novos cais feitos em estrutura de concreto armado e pátios pavimentados em paralelepípedos. Dessa época é também a construção do primeiro armazém.


A complementação do cais foi feita na década de 1950, totalizando 803 metros. Os trabalhos foram divididos em duas etapas e se prolongaram até meados de 1956, ano em que também teve início a edificação do primeiro armazém frigorífico do Porto de Itajaí.


Desde então, o terminal passou a diversificar suas operações, como grandes cargas de açúcar e de produtos congelados.


No século 20, outros ciclos econômicos se seguiram. A agricultura e a madeira ainda permaneceram fortes na primeira metade desse período, mas, no final dos anos 1960, o ritmo de extração da madeira começou a apresentar queda, revertendo a longa tendência de crescimento experimentada naqueles primeiros anos. Em contrapartida, cresce, outra a atividade econômica, a pesca, que ganha impulso a partir dos anos 1970.


A partir de então, a economia de Itajaí se diversifica. Permanece forte o trabalho no Porto e na pesca, mas há também o aumento no comércio, indústria e serviços.


Destaque nacional


A economia de Itajaí é a área de desenvolvimento mais reconhecida entre os indicadores. Os resultados positivos refletem diretamente na vida do cidadão como no caso da geração de empregos. Agora em 2022, a cidade se tornou a terceira maior geradora de empregos formais de Santa Catarina. O saldo acumulado é de 2.664 empregos gerados segundo dados divulgados pelo Governo do Estado.


Nos índices macroeconômicos, o Município é uma potência em ascensão. Considerada a 34ª economia do país, em 2019 a cidade registrou aumento de 11% (R$ 2,8 bilhões) no PIB em comparação ao ano anterior e segue entre as economias que mais crescem no Estado. O Município também se manteve no segundo lugar estadual no resultado geral do PIB, atrás de Joinville. A diferença na geração de riquezas entre as duas cidades foi de R$ 6,3 bilhões.


Em 2021, Itajaí alcançou o metro quadrado mais valorizado do país. O Índice Fipezap chegou a 13,44%. O município é a segunda cidade ao somar 16,93% de valorização acumulados. Os dados são divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) com base nos anúncios de venda de imóveis.


No Ranking Connected Smart Cities, Itajaí é a terceira melhor cidade em governança do Brasil. Com nota de 33,078, o município é considerado a 18ª melhor cidade do país e a sexta nos indicadores de cidades entre 100 e 500 mil habitantes.


 


REFERÊNCIA:


Município de Itajaí. História. Disponível em <itajai.sc.gov.br/c/historia#.YuKRnHbMLIV> 





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